quarta-feira, 3 de abril de 2013

Diferença entre o modo MANUAL e o modo AUTOMÁTICO


Dias atrás, no Twitter do DDF, eu  mandei uma pergunta para os seguidores: vocês gostam de usar o modo automático ou os modos manuais para fotografar? Como era de se esperar a enorme maioria gosta mesmo é do modo manual. E não há dúvidas de que ter controle sobre cada aspecto da foto faz com que a gente consiga fotos muito mais interessantes.
Mas se você ainda não quis se aventurar no modo manual é hoje que irei te convencer!
Abaixo duas fotos feitas com a mesma câmera, a mesma lente (a maravilhosa 50mm 1.8) e o mesmo assunto. A diferença entre as duas? Uma foi feita no modo manual e, a outra, no modo 100% automático.
Foto no modo automático:
Foto feia no automático
Foto no modo manual:
Singing in the rain! =D
O primeiro “erro” do modo automático é sempre apelar para o flash, mesmo quando o assunto é muito mais interessante sem iluminação direta (claro, um “robô” não sabe que assunto é!) Outro erro é não usar a totalidade da abertura da lente. Essa é uma lente 1.8, e mesmo assim o modo automático usou abertura de 4. É um valor “seguro”, mas o seguro não serve para a maioria das situações. Outro problema é que no modo auto nem sempre dá para salvar a foto em RAW.
No modo manual usei uma abertura maior para dar mais destaque ao efeito de bokeh, nada de flash porque não queria ver os detalhes da janela (e sim os reflexos nas gotas) e um ISO maior com tempo de exposição maior (essas luzes são carros passando na rua + luzes da minha rua.)
Ou seja: procurando uma solução “segura” o modo auto normalmente só consegue nos dar um resultado ordinário. Ainda não começou? Experimente o manual da próxima vez!

                          Fonte: Dicas de Fotografia, escrita pela fotografa Claudia Regina

O que faz uma fotografia incrível?


Ao ler um post no Lighting Essentials chamado “What Makes a Photograph “Great?”” resolvi fazer essa pergunta por aqui também. Ela não poderia ser mais subjetiva, e é claro que cada um tem uma visão diferente. Mas vejam o que os amigos do DDF no Twitter disseram:
@Du_Albuquerque: Uma boa composição junto com uma boa edição fazem muitas fotos serem maravilhosas
@Guilherme_vini: O Conteúdo.
@claytonmarinho: Inspiração, equipamento e conhecimento
@adiphotos: Composição, Expressão, História, Impacto.
@OriginalLyn: o olhar do fotógrafo, e um bom equipamento!
@kaikysilva: Iluminaçao?
@rflortiz: Passar sentimento mais do que demonstrar técnica…
@a_fotografa: Eu acho que fotografia sendo uma arte nem sempre é compreendida por todos. E nem por isso deixa de ser uma boa foto.
@mari_milanezi: a pergunta é dificil e tenho pensado muito sobre ela. Mas tenho avaliado nitidez, foco, composição e cores nas minhas fotos
@danielfotos: Sentimento. Não importa se a técnica for perfeita se a foto não causar um forte sentimento quando olhamos para ela
@miguel80s: se tem um livro que se dedica a responder essa pergunta é o A Câmara Clara, do Roland Barthes…. e eu concordo.
@mari_milanezi: é.. uma mensagem que todos conseguem entender :/ Muitas fotos ”ótimas” em nitidez, composiçao, blá blá não tem mensagem.
@Lady_Music: pra mim é aquela que capta algo que vc olha e diz: prq eu não pensei nisso? Não precisa ser inédito basta ser especial
@CaboEnrolado: o enquadramento exato do momento escolhido pelo fotografo e as cores passarem a mensagem q pretende.
Essas foram algumas das respostas dadas momentos depois de eu indagar meus seguidores. A minha opinião eu deixei lá: pra mim uma foto incrível passa uma mensagem, um sentimento. Amor, tristeza, felicidade… qualquer coisa. Mas é uma mensagem que quem vê não consegue ignorar.
Mas quem sou eu para tentar responder isso? Deixo vocês com essa pergunta histórica, e junto dela, uma foto histórica.
The Afghan Girl, por Steve McCurry – considerada a “foto mais reconhecida da história da National Geographic”

                                       Fonte: Dicas de Fotografia, escrita pela fotografa Claudia Regina

Por que não usar flash em shows e espetáculos de palco.


Nos últimos dias tive duas experiências interessantes relacionadas ao (mal) uso de flash. Assisti uma apresentação de Balé em um teatro e também vi a reapresentação do show do Bon Jovi no seu canal do Youtube. Nas duas situações percebi muitas pessoas usando flash em suas câmeras.
Embora já exista um artigo da Karina Santiago sobre fotografia de palco aqui no DDF resolvi bater um pouco mais nessa tecla. Quando comentei sobre esse assunto com o meu marido ele falou: “mas as pessoas que fazem fotos assim não são o seu público, quem visita o DDF já entende um pouco de fotografia e não faz esse tipo de coisa.” Quem me dera! Lembro que no início do Wedding Brasil, onde teoricamente temos profissionais de fotografia, houve uma apresentação de dança e até lá vi gente usando o flash!

Todo mundo quer guardar um pouco de Bon Jovi
Então vamos ao que interessa: por que não usar o flash em shows, teatro, dança e outras apresentações de palco?

1. Não adianta

Não entendo como as pessoas que usam flash nessas situações não percebem: não adianta nada! A não ser que você esteja a 1 metro do palco o seu flash não vai ter força suficiente para iluminar o assunto de forma que faça diferença na foto final, principalmente se estamos falando de câmeras compactas! O flash, nessas situações, só serve para iluminar as cabeças de quem está na sua frente.

2. Se funcionar estraga o clima

Digamos que você tem um flash potente e está perto do palco: o flash até vai chegar no seu assunto, mas vai acabar com toda a iluminação planejada para aquela apresentação. Resultado: sua foto vai ficar com cara de ensaio, com toda aquela iluminação pensada pelos engenheiros de luz destruída e transformada em uma única luz feia a uniforme. É isso que você quer? Não, né?
As luzes de palco são sempre bastante fortes e planejadas para criar o clima específico daquela apresentação. Embora o ambiente pareça escuro (pois o público fica na escuridão mesmo) ninguém precisa de flash, confia em mim. Se a foto saiu borrada é porque você está longe demais ou sua câmera não aguenta a situação, então não há o que fazer. Pare de tirar fotos e assista.

3. É falta de respeito

Embora as duas razões anteriores sejam fotograficamente importantes a terceira é pra mim a mais: tem a ver com uma palavrinha chamada respeito.
O flash piscando atrapalha quem está se apresentando (principalmente quando estamos falando de apresentações em que é preciso muita concentração, como o Balé) e atrapalha quem está querendo assistir.
Até mesmo em um show como o do Bon Jovi, que possui efeitos mais malucos e piscantes de luzes, os flashes atrapalham. Me irritei quando vi que a iluminação no início de uma música estava bem pontual, e lá vinham os flashes iluminar tudo e picar nas sombras, estragando todo o clima.
No balé fiquei indignada com a falta de educação das pessoas usando o flash: a apresentação que vi era baseada no breu total, e os dançarinos podiam se atrapalhar graças aos folgados que estavam jogando sua luz inútil na direção deles. Eu, como público, já me desconcentrava a cada piscadela!
Respeito por quem está se apresentando e por quem está assistindo com você é o principal motivo para não usar flash.

4. Você está lá para fotografar ou assistir?

Se você foi contratado para fotografar um espetáculo, tudo bem: é só ler o artigo “Como fotografar shows e espetáculos” da Karina para conseguir fotos de qualidade. Mas se você está lá como público… pra quê fotografar? Vejo pessoas que ficam um show inteiro com a câmera na mão! As fotos ficam horríveis e você não aproveita o momento. Cadê o bom senso? Tire uma foto pra “provar” que esteve lá para seus amigos mas depois pare e assista. É para isso que você está lá, afinal.

5. “Não sei desligar” não é desculpa

Quem usa a câmera sempre no automático não sabe nem como desligar o flash. O que custa ler só isso no manual? Só isso, por favor.
Se você já sabe isso tudo aproveite para explicar essas dicas para todos os seus amigos. 

                                 Fonte: Dicas de Fotografia, escrita pela fotografa Claudia Regina

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